Desenvolvimento Cognitivo - Piaget 

Os princípios gerais da teoria de Piaget

ü  O desenvolvimento intelectual implica mudanças qualitativas.

A criança não é um adulto em miniatura, dotado do mesmo equipamento básico, mas com menos aptidões ou com aptidões menos desenvolvidas. Para Piaget há uma diferença qualitativa entre o adulto e a criança quanto ao modo de funcionamento intelectual.

ü  O conhecimento é uma construção activa do sujeito.

O conhecimento cognitivo não consiste a recepção passiva da informação proveniente do meio nem a pura e simples actualização de um potencial genético e na aplicação de estruturas e esquemas dados a priori. O construtivismo de Piaget supera quer o empirismo quer o inatismo. Exceptuando alguns esquemas reflexos simples, o que há de inato em nós? A necessidade de conhecer, ou seja, de adaptação ao meio. Conhecer é construir estruturas que possibilitem tal adaptação. Como se formam essas estruturas? Mediante a actividade do sujeito no confronto com o meio. Construtivismo significa assim que, tendo em conta o processo de maturação, construímos a nossa compreensão da realidade. É uma perspectiva interaccionista.

ü   O desenvolvimento cognitivo é descontinuo, qualitativamente diferenciado, processando-se ao longo de momentos distintos denominados estádios.

Segundo Piaget, pensamos e raciocinamos de forma qualitativamente diferente em diferentes fases do desenvolvimento intelectual. Todos percorremos uma sequência estruturalmente invariante de quatro períodos qualitativamente distintos, ou seja não podemos saltar estádios ou passar por eles numa ordem diferente. Não obstante, pode variar a idade em que atingimos cada estádio. A organização do desenvolvimento segundo estádios significa que a ordem da progressão não varia e que todos os seres humanos seguem uma previsível serie de transformações.

 

Os factores explicativos do desenvolvimento

ü A hereditariedade e a maturação física.

Piaget refere-se a mudanças biologicamente determinadas no desenvolvimento físico e neurológico e que ocorrem de forma relativamente independentes em relação às experiencias

ü  A experiência.

Por ela entende Piaget, não o simples registo passivo dos dados da experiencia, mas sim a actividade do sujeito sobre os objectos - física e mental - que permite distingui-los e organiza-los. Através dessa actividade dá-se a formação de estruturas ou de esquemas que possibilitem a acção e a compreensão da realidade.

ü  A transmissão social.

Piaget refere-se ao processo através do qual somos influenciados, não pela nossa própria actividade, mas pelo contexto social, pela observação dos outros e pela educação.

ü  A equilibração.

Assegura formas de equilíbrio cada vez mais estáveis na adaptação ao meio. Para Piaget o desenvolvimento cognitivo implica que a actividade do sujeito na interacção com o meio responda aos desequilíbrios cognitivos procurado atingir um estado de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, mecanismos de adaptação ao meio.

 

Mecanismos de adaptação ao meio

Os esquemas são padrões de comportamento e de pensamento que organizam a nossa interacção com o meio. São padrões de acção e estruturas mentais que, organizando a nossa experiencia, estão envolvidas na aquisição de conhecimentos.

Os esquemas mudam constantemente ou consolidando-se noutros mais complexos, adaptando o sujeito à sua crescente e cada vez mais diversificada interacção com o meio.

Assim, temos como mecanismos os seguintes:

1.       A assimilação.

É o mecanismo que integra ou incorpora novas informações e experiencias em esquemas já existentes. Há assimilação quando um novo objecto ou situação suscita uma actividade que já faz parte do nosso reportório. Por exemplo, os bebés usam o esquema da sucção não só para se alimentarem como também para chuchar no dedo.

2.       A acomodação.

É o mecanismo de ajustamento dos esquemas existentes quando as novas informações e experiencias ao podem ser assimiladas. Se os dados não podem ser incorporados nos esquemas já existentes é necessário o desenvolvimento de esquemas ou estruturas mais apropriados. Por exemplo, a criança que aprendeu a agarrar diversos objectos de pequena dimensão com uma mão bem cedo se apercebe de que os outros objectos só podem ser agarrados com ambas as mãos e de que muitos outros não podem ser levantados.

3.       A equilibração.

Consiste em procurar estabelecer um equilíbrio entre a assimilação e acomodação. As pessoas, periodicamente, atingem um ponto em que os seus esquemas já não funcionam adequadamente na resolução de um problema ou na compreensão de uma situação. Torna-se então necessário construir novos esquemas que sejam mais adaptativos na relação com o mundo físico e social. Obtém-se assim um novo equilíbrio entre assimilação e acomodação, equilíbrio instável porque novos desequilíbrios ou conflitos cognitivo irão surgir, exigindo outros níveis de adaptação.

 

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